terça-feira, 22 de março de 2011

CRIAÇÃO DO PSD Cearenses fora do novo partido

Antes da Revolução de 1964, o PSD era uma das agremiações mais fortes no Ceará, concorrendo com a UDN
A nova legenda partidária que está sendo criada no cenário político brasileiro, o Partido Social Democrático (PSD), que tem como principal articulador o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, na década de 90, no Ceará, teve como o seu único representante na Assembleia Legislativa, o hoje líder tucano, Marcos Cals.

No lançamento da agremiação, domingo último, em Salvador, foram anunciados os nomes de algumas lideranças de vários partidos, em diferentes Estados, que vão compor a nova legenda. De princípio, o partido vai atuar em nove Estados, entre eles São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Goiás, Acre e Amazonas. No Ceará não há nomes, agora, para a nova sigla.

No plano nacional, o PSD foi criado em julho de 1945 e extinto por um Ato Institucional, no Regime Revolucionário, em outubro de 1965. Nesta fase, o partido teve uma atuação destacada no Ceará, registrando em seus quadros políticos como Menezes Pimentel, Raul Barbosa, Martins Rodrigues e Expedito Machado, dentre outros.

Na década de 80, a legenda foi recriada pelo ex-governador César Cals de Oliveira Filho. Em 2003, deixou de existir porque foi incorporado ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Nesta segunda fase, a legenda participou das eleições estaduais sempre em coligação com outras agremiações.

Como filiado ao Partido Social Democrático, Marcos Cals foi eleito em 1990 e 1994. Em 1998, Cals já estava no PSDB, mas o PSD, mesmo coligado com o PSDB e o PPS, não elegeu nenhum dos seus candidatos.

Nas eleições de 2002, o PSD teve o candidato a deputado estadual mais votado no Estado, Francisco de Assis Cavalcante Nogueira (Delegado Cavalcante), que deixou a legenda em 2003 em função da incorporação ao PTB.

Opção
Ao ser abordado sobre a recriação do PSD, Marcos Cals diz que na democracia considera plausível a criação de novos partidos políticos por se tratar de uma opção a mais para as pessoas escolherem. Para ele, o PSD é um partido que tem história, tem charme, mas lamenta estar sendo criado por acomodação, porque algumas querem sair dos partidos onde estão sem risco da perda do mandato.

Marcos Cals informou ainda que até ontem não havia sido procurado para participar do PSD e confessou que não pretende deixar o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), pois está tratando, inclusive, da reorganização da agremiação no Estado. Disse também que, quanto à troca de partido se considera conservador, lembrando que entrou na política em 1983 se filiando ao Partido Democrático Social (PDS) e deixou a legenda somente quando foi extinta.

Reduzida
O deputado estadual Delegado Cavalcante também não pretende deixar o Partido Democrático Trabalhista (PDT) porque está se sentindo muito bem no partido, revela. Ele considerou boa a ideia de criação do Partido Social Democrático, mas lamentou o fato de estar sendo criado por interesses. Na sua concepção, a quantidade de partidos políticos no Brasil deveria ser reduzida e não ampliada.

A criação do Partido Social Democrático não pode ser entendida, ainda, como um fato consumado porque para se concretizar necessário se faz uma série de procedimentos de ordem legal, inclusive, a aprovação do registro perante o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para a apresentação do pedido de registro, entre outras exigências é necessária a adesão de mais de 400 mil eleitores.

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=951152

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