Casada com o ministro Paulo Bernardo, a senadora paranaense promete "trabalho de gestão" no ministério
Brasília. A senadora Gleisi Hoffman (PT-PR), foi a escolhida pela presidente Dilma Rousseff para substituir Antonio Palocci na Casa Civil. Ela será a 10ª ministra da pasta na história.
Em entrevista coletiva ontem, Gleisi afirmou que vai fazer um "trabalho de gestão" no ministério. A sua atuação deve ser mais técnica.
"A presidente Dilma quer um funcionamento da Casa Civil na área de gestão, de acompanhamento de projetos e processos, conhecimento da equipe de transição. Trabalhamos em vários projetos quando eu era diretora de Itaipu e ela ministra de Minas e Energia. Ela disse que meu perfil se adequa ao que ela quer agora na Casa Civil, uma ação de gestão e é a isso que estou comprometida", destacou ela, que deve tomar posse hoje às 16h. Antes, ela deve fazer um pronunciamento no Senado.
Histórico
Mulher do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a paranaense Gleisi Helena Hoffmann, de 45 anos, já atuou por duas vezes em setores do Poder Executivo, como secretária extraordinária de Reestruturação Administrativa no primeiro mandato de Zeca do PT à frente do governo de Mato Grosso do Sul, em 1999, e como secretária de Gestão Pública da Prefeitura de Londrina, em 2001. Também foi a responsável pela Diretoria Executiva Financeira da Itaipu Binacional entre 2003 e 2006.
Ex-presidente do PT no Paraná e formada em Direito, ela já tentou por uma vez, em 2008, conquistar o cargo de prefeita da capital paranaense, mas foi derrotada por Beto Richa (PSDB), hoje governador do Estado. Antes, em 2006, havia tentado uma vaga no Senado pela primeira vez, conquistando 45,14% do total da votação. Na segunda tentativa, no ano passado, foi a candidata mais votada para o cargo com mais de 3,1 milhões de voto.
Gleisi tem atuado com destaque na defesa do governo no Senado. Ela trabalhava praticamente como uma líder do governo, mas defendeu o afastamento de Palocci. Dilma tem afinidade pessoal com a senadora, a quem chama pelo apelido de "Loura".
Para o deputado federal Danilo Forte (PMDB-CE), Gleisi é uma pessoa "muito correta e aberta ao diálogo". "Neste cargo, é preciso ouvir muito, e eu tenho certeza de que o governo ganhou uma melhoria muito grande no trato", afirmou.
CADEIRA EJETORA
´Maldição´ já derrubou três
Novata em Brasília, a nova ministra Gleisi Hoffman vai trocar o conforto do Senado pelo cargo mais instável da República na era petista, inaugurada em 2003.
Desde a posse do ex-presidente Lula, três políticos deixaram a Casa Civil sob suspeitas de corrupção ou tráfico de influência. A única sobrevivente foi Dilma Rousseff, premiada com a candidatura vitoriosa à Presidência no ano passado.
A maldição começou a assombrar a Casa Civil durante o reinado de José Dirceu. Enfraquecido em 2004 pelo caso Waldomiro Diniz, assessor acusado de pedir propina a bicheiros, ele resistiu no posto até o ano seguinte. Caiu no escândalo do mensalão, após o então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) apontá-lo, em entrevista ao jornal "Folha de S. Paulo", como chefe de um esquema de compra de apoio parlamentar.
Escolhida para sucedê-lo, Dilma quase perdeu o cargo em 2008, sob acusação de coordenar um dossiê sobre gastos sigilosos da gestão Fernando Henrique Cardoso. Foi salva pelo empenho de Lula, determinado a lançá-la à própria sucessão.
A cadeira ejetora voltaria a funcionar em 2010, na reta final da campanha. O alvo da vez foi Erenice Guerra, com o filho acusado de fazer lobby nos corredores do Planalto. O episódio afetou Dilma, acusada de não ser capaz de escolher seus auxiliares e sucessores. Escaldado, Lula não nomeou outro ministro: manteve o discreto Carlos Eduardo Esteves Lima como interino até o fim do governo.
Com Antonio Palocci, o fantasma volta a rondar o quarto andar do Palácio da Alvorada. O ex-ministro seguiu o script dos antecessores: sem condições de permanecer, entregou uma carta de renúncia para não sair como demitido.
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=993811
Brasília. A senadora Gleisi Hoffman (PT-PR), foi a escolhida pela presidente Dilma Rousseff para substituir Antonio Palocci na Casa Civil. Ela será a 10ª ministra da pasta na história.
Em entrevista coletiva ontem, Gleisi afirmou que vai fazer um "trabalho de gestão" no ministério. A sua atuação deve ser mais técnica.
"A presidente Dilma quer um funcionamento da Casa Civil na área de gestão, de acompanhamento de projetos e processos, conhecimento da equipe de transição. Trabalhamos em vários projetos quando eu era diretora de Itaipu e ela ministra de Minas e Energia. Ela disse que meu perfil se adequa ao que ela quer agora na Casa Civil, uma ação de gestão e é a isso que estou comprometida", destacou ela, que deve tomar posse hoje às 16h. Antes, ela deve fazer um pronunciamento no Senado.
Histórico
Mulher do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a paranaense Gleisi Helena Hoffmann, de 45 anos, já atuou por duas vezes em setores do Poder Executivo, como secretária extraordinária de Reestruturação Administrativa no primeiro mandato de Zeca do PT à frente do governo de Mato Grosso do Sul, em 1999, e como secretária de Gestão Pública da Prefeitura de Londrina, em 2001. Também foi a responsável pela Diretoria Executiva Financeira da Itaipu Binacional entre 2003 e 2006.
Ex-presidente do PT no Paraná e formada em Direito, ela já tentou por uma vez, em 2008, conquistar o cargo de prefeita da capital paranaense, mas foi derrotada por Beto Richa (PSDB), hoje governador do Estado. Antes, em 2006, havia tentado uma vaga no Senado pela primeira vez, conquistando 45,14% do total da votação. Na segunda tentativa, no ano passado, foi a candidata mais votada para o cargo com mais de 3,1 milhões de voto.
Gleisi tem atuado com destaque na defesa do governo no Senado. Ela trabalhava praticamente como uma líder do governo, mas defendeu o afastamento de Palocci. Dilma tem afinidade pessoal com a senadora, a quem chama pelo apelido de "Loura".
Para o deputado federal Danilo Forte (PMDB-CE), Gleisi é uma pessoa "muito correta e aberta ao diálogo". "Neste cargo, é preciso ouvir muito, e eu tenho certeza de que o governo ganhou uma melhoria muito grande no trato", afirmou.
CADEIRA EJETORA
´Maldição´ já derrubou três
Novata em Brasília, a nova ministra Gleisi Hoffman vai trocar o conforto do Senado pelo cargo mais instável da República na era petista, inaugurada em 2003.
Desde a posse do ex-presidente Lula, três políticos deixaram a Casa Civil sob suspeitas de corrupção ou tráfico de influência. A única sobrevivente foi Dilma Rousseff, premiada com a candidatura vitoriosa à Presidência no ano passado.
A maldição começou a assombrar a Casa Civil durante o reinado de José Dirceu. Enfraquecido em 2004 pelo caso Waldomiro Diniz, assessor acusado de pedir propina a bicheiros, ele resistiu no posto até o ano seguinte. Caiu no escândalo do mensalão, após o então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) apontá-lo, em entrevista ao jornal "Folha de S. Paulo", como chefe de um esquema de compra de apoio parlamentar.
Escolhida para sucedê-lo, Dilma quase perdeu o cargo em 2008, sob acusação de coordenar um dossiê sobre gastos sigilosos da gestão Fernando Henrique Cardoso. Foi salva pelo empenho de Lula, determinado a lançá-la à própria sucessão.
A cadeira ejetora voltaria a funcionar em 2010, na reta final da campanha. O alvo da vez foi Erenice Guerra, com o filho acusado de fazer lobby nos corredores do Planalto. O episódio afetou Dilma, acusada de não ser capaz de escolher seus auxiliares e sucessores. Escaldado, Lula não nomeou outro ministro: manteve o discreto Carlos Eduardo Esteves Lima como interino até o fim do governo.
Com Antonio Palocci, o fantasma volta a rondar o quarto andar do Palácio da Alvorada. O ex-ministro seguiu o script dos antecessores: sem condições de permanecer, entregou uma carta de renúncia para não sair como demitido.
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=993811
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