domingo, 24 de abril de 2011

SUCESSÃO EM FORTALEZA Bruno rejeita prévia para escolher candidato


Foto: Viviane Pinheiro
Artur Bruno admite que não sofrerá vetos no partido e 
nem entre os diversos líderes de legendas aliadas
FOTO: VIVIANE PINHEIRO
Os principais partidos da aliança do Governo estão agindo com a possibilidade de ter cada um o seu candidato


O deputado federal Artur Bruno (PT), acompanhado do vereador Guilherme Sampaio (PT), foi à prefeita Luizianne Lins (PT), recentemente, comunicar sua disposição de disputar a Prefeitura de Fortaleza, no próximo ano. Bruno diz que só ouviu elogios, embora não tenha recebido qualquer gesto de apoio à sua pretensão, mas que ela acha justo o seu desejo, em razão da participação ativa dele na política da Capital.

Mesmo sabendo que outros nomes existem dentro do seu partido, o deputado diz não sofrer vetos de nenhum dos líderes das diversas correntes que formam a agremiação no Ceará. E anuncia já ter conversado, explicitamente, sobre o desejo de administrar Fortaleza, tanto com o senador José Pimentel, quanto com o deputado federal José Guimarães e o deputado estadual Professor Pinheiro e outros, ficando convencido de não haver veto, de quaisquer deles, ao seu propósito.

Artur Bruno, inegavelmente, é um dos bons quadros do Partido dos Trabalhadores. Ele não diz, mas é sabedor, como tantos outros têm ciência, de não ser fácil a condução do seu objetivo dentro da agremiação a que pertence. E, ao afirmar, como diz ter feito à prefeita, ser contrário à realização de prévia no PT para a escolha do candidato à sucessão de Luizianne, embute um complicador no debate sucessório interno.

Aliança
Alguém no PT de Fortaleza vai querer que sejam feitas prévias. E a alegação primeira para a sua realização é a da unidade do partido, como elemento essencial, na discussão para a manutenção da aliança que garantiu a continuidade da administração petista na Capital cearense.

Os nomes que vierem a ser apontados, pelas diversas tendências partidárias, como Artur Bruno, estarão certos de não sofrer vetos e, assim, merecedores da homologação de seus nomes para a disputa.

Mas, como a eleição de 2012, em Fortaleza, não estará restrita ao PT, na própria base aliada dos petistas, hoje, alguns dos partidos também trabalham a indicação de nomes para disputarem a Prefeitura. Os que hoje estão inertes aguardam a manifestação do governador Cid Gomes (PSB), o principal quadro do próximo pleito, para anunciarem suas posições.

Preferencialmente
O PMDB, segundo o deputado Carlomano Marques, um dos peemedebistas com base eleitoral na Capital, em pronunciamento na Assembleia, está disposto a ter um candidato à Prefeitura de Fortaleza, no próximo ano. O PC do B já havia feito anúncio idêntico, tendo o deputado federal Chico Lopes como primeiro da lista, seguido do senador Inácio Arruda. Só um compromisso político muito forte com o governador, com vistas a 2014, afastará o partido do caminho da Prefeitura da Capital, em 2012. E se algum acordo houver, por certo não será para apoiar o nome do PT, a não ser se este seja o da preferência de Cid, possibilidade que os petistas, hoje, abominam.

Não são apenas esses os complicadores para o grupo de partidos definirem uma única chapa em 2012. O próprio PSB do governador tem nomes a apresentar como candidatos a prefeito, dentre eles o do deputado Roberto Cláudio, atual presidente da Assembleia. A orientação do comando estadual é trabalhar no sentido de manter uma coligação com o PT, preferencialmente, e com todos os outros atuais aliados, mas, se impossibilidades surgirem que inviabilizem esse objetivo, o partido não ficará fora da disputa, apesar da falta de um diálogo mais aberto entre as direções estadual e municipal da agremiação.


Edison Silva 
Editor de Política

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