O desafio está em conscientizar a sociedade assim como fazer com que os gestores priorizem a infância
Um total de 23 mil crianças de cinco a 16 anos são vítimas de exploração doméstica infantil no Ceará. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad 2008). Para o procurador do Trabalho e membro da coordenação colegiada do Fórum Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil, Antônio de Oliveira Lima, isso reflete a falta de prioridade por parte das gestão estadual e principalmente municipal para com as crianças.
Sensibilizar as pessoas a não compactuarem com essa prática é o grande desafio, assim como fazer o Governo priorizar as ações para essa área. "Você vai encontrar pessoas que justificam essa prática por estarem dando uma oportunidade de estudo para essas crianças. A gente tem que destacar que crianças e adolescentes têm direitos incondicionalmente, educação, saúde e convivência familiar".
O prejuízo do desenvolvimento psicossocial e emocional por estar longe da família e não ser tratada com dignidade são as principais consequência desse tipo de exploração. Segundo o procurador, para evitar esse problema é necessário retirar essas crianças dessa condições, mas como?", indaga.
Para ele, a partir do momento em que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)for respeitado pelos gestores, as políticas públicas forem direcionadas para as crianças, e a sociedade for conscientizada para que não aceite esse tipo de exploração, teremos uma outra sociedade.
Como parte das ferramentas de conscientização, foi lançada ontem a campanha "Trabalho Infantil Doméstico: História Sem Desculpa". O objetivo é desmistificar ideias que justificam o trabalho infantil doméstico e alertar sobre os prejuízos causados. A mobilização pretende, também, fortalecer ações contra esta prática, através dos meios de comunicação.
O maior desafio é sensibilizar a sociedade quanto à desnaturalização do trabalho infantil doméstico, destacando que a prática é uma violação dos direitos das crianças e dos adolescentes brasileiros.
Uma das ferramentas de sensibilização utilizada será o endereço (www.historiasemdesculpa.org.br) que traz informações sobre a problemática do trabalho infantil doméstico. Entre as demais ações da campanha, destacam-se três eixos: formação, pesquisa e mobilização.
O site está no ar e é fruto de parceria entre a Coordenadoria da Criança e do Adolescente (Funci), Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica) e o Fórum pela Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção do Adolescente Trabalhador (Feeti)
Nacional
No Brasil, mais de 400 mil crianças e adolescentes, entre cinco e 16 anos, exercem trabalho doméstico. Mais de 90% dos casos são meninas, principalmente pardas ou negras. Por necessidades básicas que a família não pode suprir, essas garotas vão em busca de uma vida melhor, porém, o que encontram é comida e um lugar para dormir.
O trabalho infantil doméstico é livre de qualquer fiscalização, já que acontece dentro de residências. Essas crianças trabalham por muitas horas, tendo uma remuneração baixa, e, muitas delas são abusadas.
GARANTIAS
"Temos que destacar que crianças e adolescentes têm direitos incondicionais"
Antônio de Oliveira,
Procurador do Trabalho e Coordenador do Peteca
THAYS LAVOR
REPÓRTER
Um total de 23 mil crianças de cinco a 16 anos são vítimas de exploração doméstica infantil no Ceará. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad 2008). Para o procurador do Trabalho e membro da coordenação colegiada do Fórum Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil, Antônio de Oliveira Lima, isso reflete a falta de prioridade por parte das gestão estadual e principalmente municipal para com as crianças.
Sensibilizar as pessoas a não compactuarem com essa prática é o grande desafio, assim como fazer o Governo priorizar as ações para essa área. "Você vai encontrar pessoas que justificam essa prática por estarem dando uma oportunidade de estudo para essas crianças. A gente tem que destacar que crianças e adolescentes têm direitos incondicionalmente, educação, saúde e convivência familiar".
O prejuízo do desenvolvimento psicossocial e emocional por estar longe da família e não ser tratada com dignidade são as principais consequência desse tipo de exploração. Segundo o procurador, para evitar esse problema é necessário retirar essas crianças dessa condições, mas como?", indaga.
Para ele, a partir do momento em que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)for respeitado pelos gestores, as políticas públicas forem direcionadas para as crianças, e a sociedade for conscientizada para que não aceite esse tipo de exploração, teremos uma outra sociedade.
Como parte das ferramentas de conscientização, foi lançada ontem a campanha "Trabalho Infantil Doméstico: História Sem Desculpa". O objetivo é desmistificar ideias que justificam o trabalho infantil doméstico e alertar sobre os prejuízos causados. A mobilização pretende, também, fortalecer ações contra esta prática, através dos meios de comunicação.
O maior desafio é sensibilizar a sociedade quanto à desnaturalização do trabalho infantil doméstico, destacando que a prática é uma violação dos direitos das crianças e dos adolescentes brasileiros.
Uma das ferramentas de sensibilização utilizada será o endereço (www.historiasemdesculpa.org.br) que traz informações sobre a problemática do trabalho infantil doméstico. Entre as demais ações da campanha, destacam-se três eixos: formação, pesquisa e mobilização.
O site está no ar e é fruto de parceria entre a Coordenadoria da Criança e do Adolescente (Funci), Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica) e o Fórum pela Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção do Adolescente Trabalhador (Feeti)
Nacional
No Brasil, mais de 400 mil crianças e adolescentes, entre cinco e 16 anos, exercem trabalho doméstico. Mais de 90% dos casos são meninas, principalmente pardas ou negras. Por necessidades básicas que a família não pode suprir, essas garotas vão em busca de uma vida melhor, porém, o que encontram é comida e um lugar para dormir.
O trabalho infantil doméstico é livre de qualquer fiscalização, já que acontece dentro de residências. Essas crianças trabalham por muitas horas, tendo uma remuneração baixa, e, muitas delas são abusadas.
GARANTIAS
"Temos que destacar que crianças e adolescentes têm direitos incondicionais"
Antônio de Oliveira,
Procurador do Trabalho e Coordenador do Peteca
THAYS LAVOR
REPÓRTER
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=967896
Nenhum comentário:
Postar um comentário