sábado, 14 de maio de 2011

Pinheiro lamenta preconceito de internauta contra nordestinos

O deputado Professor Pinheiro (PT) lamentou nesta sexta-feira (13/05), em sessão plenária, a postura da internauta Amanda Régis, que postou mensagens consideradas preconceituosas contra nordestinos no Twiter, durante a partida de futebol entre Ceará e Flamengo, na noite de quarta-feira. Para ele, a atitude da garota demonstra que o racismo vem sendo praticado de forma “exacerbada” no Brasil.


“Tenho pena da postura de ignorância dela. Temos que combater esse tipo de racismo e espero que o Ceará seja campeão do esporte clube para calar a boca do Brasil”, rebateu.

Mesmo considerando a lei 7.719/1989, conhecida como Lei Caó, que classifica o racismo como crime inafiançável, um avanço importante no combate ao racismo, o parlamentar afirmou que sua eficácia continua “distante” no Brasil.

No quesito mercado de trabalho, ele informou que na cidade de Salvador, cuja população negra é de 81%, apenas 10% dos cargos de chefias são ocupados por negros. “Isso demonstra nosso preconceito na hora de empregar e pagar salário”, disse.

O parlamentar destacou, no entanto, ações importantes que foram implementadas no governo Lula e que mostrou, na avaliação dele, seu compromisso e preocupação com a classe negra. Uma delas foi a criação da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, segundo ele, sem sentido para muitos, mas que na verdade é um instrumento “justo e democrático” de inclusão. “Devemos trabalhar cotidianamente para combater o racismo no nosso País”, cobrou, mencionando ainda a preocupação com as populações remanescentes dos quilombos que tiveram suas terras garantidas pelo governo.

O estabelecimento de cotas para negros e o programa Universidade para Todos (Prouni) foram outras duas iniciativas louvadas do governo Lula pelo petista. De acordo com ele, estatísticas apontam que melhores alunos da universidade são os oriundos do programa. “O presidente Lula fez uma revolução de inclusão nesse País; sejam pobres, indígenas e negros. E as elites nunca fizeram nenhum esforço para incorporar tantos milhões de brasileiros que ficaram excluídos”, ponderou.

Em aparte, o deputado Carlomano Marques (PMDB) disse que a atitude da internauta foi uma manifestação “incontida”. Ele afirmou que a discriminação “não é só da pele”, mas com todos os segmentos sociais, inclusive do saber. “As grandes cadeias de informação fazem parte do eixo Sudeste-Sul”, concluiu.

LS/CG
Fonte: Agência de Noticias da Assembleia Legislativa
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Fonte: http://www.al.ce.gov.br/noticias/noticia_completa.php?codigo=18489

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