sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Pesquisa: Aprovação de Lula sobe e volta a bater recorde

Governo teve 80% de avaliação ótimo ou bom, enquanto aprovação pessoal do presidente foi ainda maior que isso
Brasília. A aprovação ao governo Lula atingiu novo recorde em dezembro, com avaliação ótima ou boa para 80% dos entrevistados, segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada ontem. Outros 4% consideram o governo como "ruim" ou "péssimo". A aprovação pessoal ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva também atingiu nível histórico de alta, com 87% dos entrevistados avaliando positivamente, contra 10% que desaprovam o presidente.

Na última pesquisa, divulgada em outubro, a aprovação ao governo Lula era de 77%, enquanto a aprovação pessoal ao presidente era de 85%.

A confiança dos brasileiros no presidente Lula retornou ao nível recorde, de 81%, depois de ter recuado para 76% na pesquisa de outubro. Segundo a pesquisa CNI/Ibope anunciada ontem, o índice em confiança em Lula é maior na região Nordeste, onde atinge 91%.

O levantamento também fez uma comparação entre o primeiro e o segundo mandato do presidente Lula e para 44% o governo a partir de 2007 foi melhor do que o iniciado em 2003, enquanto 47% acham que o desempenho de Lula foi igual em ambos os períodos.

O presidente continua com melhor aprovação no Nordeste. A pesquisa mostra que 95% da população da região tem avaliação positiva de Lula e 86% avaliam o governo como ótimo ou bom. O pior desempenho está na região Sul, onde a aprovação do presidente é de 80% e a do governo, de 75%.

As recentes ações policiais de combate ao tráfico no Rio de Janeiro, segundo o gerente executivo de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, contribuíram para que, pela primeira vez em oito anos de governo, a segurança pública tivesse avaliação positiva: 49% de aprovação contra 46% de reprovação.

No último levantamento, as ações de segurança eram reprovadas por 53% contra 40% de aprovação.

A pesquisa divulgada ontem foi feita entre os dias 4 e 7 de dezembro. Foram entrevistados 2.002 eleitores maiores de 16 anos, em 140 municípios brasileiros. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, tanto para mais quanto para menos.

OTIMISMOFuturo governo vem com boa expectativa
A expectativa em relação ao governo da presidente eleita, Dilma Rousseff, é ótima ou boa para 62% dos entrevistados, segundo pesquisa divulgada pela CNI/Ibope. Já 9% consideram que o próximo governo será ruim ou péssimo.

Ainda segundo o levantamento, 18% acreditam que o governo Dilma será melhor que o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto 58% acham que a próxima gestão será equivalente à atual. Já 14% acreditam que o governo Dilma será pior que o governo Lula.

A pesquisa mostra que a expectativa positiva para o próximo governo na região Nordeste chega a 70%, enquanto nos municípios com até 20 mil habitantes esse índice atinge 65%.

A previsão é de que o governo Dilma seja melhor ou igual ao do governo Lula para 79% das mulheres, enquanto entre os homens o porcentual é de 73%.

Entre as prioridades para o governo Dilma, 51% dos entrevistados elegem a aérea de Saúde como a principal. Em seguida, vem a Educação como meta prioritária para 11% dos entrevistados e Segurança Pública fica em terceiro lugar, com 7% dos entrevistados.

Segundo o levantamento, o combate às drogas e o enfrentamento da fome e da pobreza empatam em quarto lugar, vistos como prioridade por 6%.

O combate à inflação e as reformas política e trabalhista são considerados prioridade apenas por 1% dos entrevistados. Itens como reforma agrária, da Previdência e tributária não atingiram nem 1%.

Entre os assuntos publicados pela imprensa que foram mais lembrados pelos entrevistados, a ação das Forças Armadas e a ação policial nas comunidades do Rio de Janeiro foi citada por 32% dos entrevistados.

PREOCUPAÇÃOSaúde deve ser a prioridade de Dilma
Segundo o levantamento do Ibope, melhorias na área de saúde foram apontadas como o item que deve merecer atenção prioritária do futuro governo Dilma por 51% dos entrevistados. Outras áreas lembradas importantes são educação, segurança, combate à fome, combate à pobreza, às drogas, geração de empregos e combate à corrupção.

Em contrapartida, mudanças no sistema tributário não são consideradas prioritárias, não atingindo nem por 1% dentre os cidadãos entrevistados.

As políticas de saúde pública foram um dos temas mais explorados na última campanha presidencial. Após a eleição, a presidente eleita, Dilma Rousseff, ouviu apelos de um grupo de governadores eleitos para que o próximo governo recriasse a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

No entanto, em recente reunião com especialistas do setor, realizada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, sede do governo de transição, a presidente eleita afastou a possibilidade do retorno do chamado "imposto do cheque".

A maioria dos brasileiros desaprova as políticas públicas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva nas áreas de saúde e tributária, segundo a pesquisa CNI/Ibope. O levantamento mostra que 54% dos brasileiros desaprovam a atuação do governo na área de saúde, contra 42% que a aprovam.

O porcentual de brasileiros que desaprova a política de arrecadação de impostos chega a 51%, contra 39% que avaliam positivamente esse quesito.

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=903717 

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